Conceituar a interdisciplinaridade não é tarefa fácil, pois s etrata de um assunto vasto e complexo, o que dá margem para múltiplas formas de interpretação. Esta dificuldade acentua-se ainda mais na prática. O que ocorre nos serviços de saúde, na sua maioria, são encontros multidisciplinares, em que os profissionais permanecem com suas práticas individuais, distanciando-se do trabalho interdisciplinar. Porém é notório que, em todos os níveis de atenção à saúde, percebe-se a necessidade do trabalho interdisciplinar, uma vez que é justamente a partir de tal trabalho que se almeja alcançar uma abordagem integral sobre os fenômenos que interferem na saúde da população.
Acreditamos que existem diversos motivos que dificultam essa visão da interdisciplinaridade, talvez um dos principais fatores que dificultam tal prática no trabalho das equipes é a formação dos profissionais de saúde, uma vez que se prioriza conhecimentos técnicos adquiridos e desconsidera práticas populares da comunidade na qual a equipe é inserida. Além disso, privilegia o trabalho individual em relação ao coletivo, o que prejudica a integração da equipe e a aplicação da prática necessária, solucionando assim o "problema" do paciente de forma aparente, pois não há como se ter saúde tratando o corpo de maneira fragmentada, afinal saúde é o bem -estar físico, social e emocional, segundo o conceito da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Desta maneira, podemos observar que em nosso caso dramatizado em sala de aula é notória a necessidade de vários profissionais não somente da área da saúde, para que de fato aquelas crianças melhorassem seu quadro respiratório. Pois não adiantaria muita coisa medicá-las sem que os outros fatores, como a poluição pelo lixo e pelo ar vindo das fábricas, também não fossem questionados como dos causadores de tais agravos.
Como os profissionais (do caso) podem atuar?
Bom, existem vários papéis que os profissionais podem desempenhar na ESF, porém para se ter uma equipe de fato interdisciplinar ainda há que se desmistificar muito a idéia de que se os outros profissionais "souberem" um pouco de cada área estará "tomando espaço". Na verdade, à medida em que se tem uma orientação acerca de outras áreas específicas, mais rápido o tratamento é realizado e de fato o bem-estar geral do paciente é assegurado. Talvez se tal pensamento fosse de fato executado, muitos dos agravos do processo saúde-doença fossem minimizados, ou até mesmo eliminados.
Obs: Texto produzido pelos alunos da disciplina de SBC V
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